A vida seguia no ritmo de sempre…
Um passo de cada vez.
E o velho trilhava seu caminho, sabia que a jornada era longa, mas não questionava, apenas continuava!
Vagava pelas trilhas da vida, sempre buscando o auxílio, das pessoas que de boa fé lhe fizessem doações, ou lhe dessem atenção.
Vida que segue!
Caminhando rumo a velha montanha, que ficava próxima á um vilarejo de terras férteis.
Se deparou com um aglomerado de pessoas, agitadas, pareciam até estar em uma competição.
Sem entender o que estava acontecendo, o velho foi se aproximando devagar e avistou
um rochedo que tinha rolado do alto da montanha, a grande pedra estava atrapalhando a passagem, pessoas se engalfinhavam tentando tirar a “pedra” do caminho, apressados, pois não podiam perder a colheita desse ano.
Jovens tentaram empurra-la, guerreiros com suas afiadas espadas tentaram perfura-la e até alguns bárbaros com seus martelos e machados tentaram quebra-la….
E ela? Continuava intacta!
Era impossível contorna-la, o final das pedras dava num abismo.
O velho, que nunca tinha presenciado algo do tipo, improvisou com alguns de seus trapos, gravetos, e restos de árvores encontrados no chão, um acampamento.
Ninguém entendeu a intenção daquele velho, muito menos a confiança que surgia em seus olhos, sim, ele iria atravessar por aquele caminho!
Um a um, foram desistindo e tentaram chegar a cidade através da floresta, caminho difícil, porém não dava para esperar, demorariam dias, mas, era o único jeito.
Anoiteceu, o céu se fechou, tão escuro como se o sol houvesse apagado, uma leva de trovões e trovoadas cantavam no céu, e mais que depressa a chuva corria pela montanha, como se agora fosse uma cachoeira…
De repente, do alto da montanha começaram a rolar mais e mais rochas, que se chocavam com as que estavam no caminho, uma a uma foram se quebrando, pela “chuva de enormes pedras que caia do céu”…
E assim a chuva lavou a Terra, por grande parte da noite.
Logo antes do sol acordar, o velho sem nem mesmo olhar para a estrada, arrumou sua trouxa, limpou o local, desarmou sua barraca improvisada e levantou acampamento.
Ao se virar, qualquer um se admiraria, ao ver um novo caminho, com pequenas rochas, mas nada que impedisse a passagem, seu rosto iluminou-se num sorriso, ali tinha se formado um novo caminho, uma nova estrada…
O nome do velho que vagava pelo caminhos, sem nem mesmo se perguntar o porque?
Era Tempo, o velho tempo…
As pedras no caminho nunca podem te impedir de seguir em frente!
Apenas a paciência te ensina que as vezes parar, não é desistir e sim reunir forças para seguir em frente!